Produção de inhame da região do Vale do Guaporé, em Rondônia, deixa produtores familiares otimistas com a colheita para a safra 2020/2021
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Consolidada como excelente fonte de renda para produtores rurais da região do Vale do Guaporé, a cultura do inhame vem ganhando cada vez mais novos empreendedores. Hoje são mais de 60 famílias que se dedicam a cultura garantindo produção suficiente para abastecer o comércio dentro e fora do estado. A expectativa para este ano é boa e os produtores rurais estão otimistas com a colheita que foi iniciada esta semana.
Os primeiros resultados com o investimento no inhame deram-se em meado de 2016, quando os agricultores familiares perceberam que era possível obter alta produtividade da cultura mesmo em pequenas áreas. Outro atrativo foi a o preço do produto e a facilidade de sua comercialização em novos mercados que se expandiam com a chegada de novos investidores que buscavam o produto para exportação.
De lá para cá, o que se viu foi um aumento no número de produtores interessados no cultivo do inhame e o fortalecimento da produção, principalmente ao redor da BR-429, na região do Vale do Guaporé, que já desponta como uma das principais regiões produtoras do estado de Rondônia. A colheita deste este ano teve início agora, no mês de maio, no município de São Francisco do Guaporé e, segundo o engenheiro agrônomo Flávio Gonçalves, supervisor da Emater-RO naquela região, “se estende aos municípios de Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras e Costa Marques, que são os municípios que compõem o entorno da 429.”
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A região do Vale do Guaporé conta com uma área plantada com inhame na safra 2020/2021 que somam, aproximadamente, 800 alqueires (1.936 hectares). Desses, 600 (1.452 hectare) foram plantados com a variedade São Tomé (Dioscorea alata L.), com uma produtividade entre 20 e 25 toneladas por hectare, e 200 (484 hectares) com a variedade da Costa (Dioscorea cayennensis Lam.), cuja produtividade varia entre 18 e 20 toneladas por hectare.
O diretor-presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, que na época era gerente do escritório regional da Emater-RO em São Francisco do Guaporé, conta que essas foram as variedades que mais se adaptaram à região e lembra que era uma cultura nova, exótica, não nativa, mas que começou a atrair a atenção dos produtores familiares por ter maior lucratividade em pequenas áreas.
Flávio Gonçalves diz que o cultivo do inhame vem aumento expressivamente e a modernização no método de cultivo e colheita tem ajudado a manter a qualidade dos túberos o que gera renda aos produtores, aos municípios e para Rondônia com a comercialização fora do estado. Ele explica ainda que dessa produção, uma pequena parte abastece o mercado local, atendendo a redes de supermercados na região central do estado e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o restante é comercializado fora do estado. “A grande maioria está sendo comercializada para o nordeste, no estado da Paraíba, mas abastece Pernambuco e Bahia também e, produtos com tamanho inferior a 500 gramas são vendidos para São Paulo”, diz, complementando que o inhame do Vale do Guaporé também já está sendo comercializado para o estado de Sergipe e para Goiânia, capital de Goiás, além de estar em processo de negociação para exportação.
Além da região do Vale do Guaporé, o inhame está sendo cultivado em grande escala em outros municípios de Rondônia, como: Nova União, Machadinho do Oeste, Porto Velho, Theobroma e Ouro Preto do Oeste. O valor comercializado no estado, hoje é de R$ 1,00 o quilo (R$ 15,00 a arroba) para o inhame São Tomé R$ 4.50 (R$ 67,50 a arroba) para o Inhame da Costa.
Os agricultores têm se mostrado bastante otimistas quanto à produção deste ano. O produtor Alisson Andrade, que também é comprador e negocia a produção de inhame diretamente com o nordeste, se diz bastante satisfeito com a cultura na região. José Branco, um dos pioneiros na implantação do cultivo de Inhame em Alvorada do Oeste já dizia, em 2016, que o inhame foi a cultura que mais lhe proporcionou a aquisição de bens patrimoniais. “Tenho uma terra comprada com a produção do inhame, tenho alguma criação de gado e tenho um trator que paguei as prestações com o dinheiro do inhame”, disse ele na época. Hoje Branco e o agricultor Samuel Cordeiro, de São Francisco do Guaporé, esperam obter um excelente resultado com a colheita do inhame e um bom retorno com a comercialização.
Texto: Wania Ressutti
Jornalista – MTE-1744/RO
Fotos: Flávio Gonçalves
EMATER-RO
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Ressuttiwania@emater-ro.com.brAdministrator