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A correção do solo com calcário auxilia a recuperação de áreas degradadas e pode até dobrar a produção por hectare.

No município de Ouro Preto do Oeste na região central de Rondônia, os agricultores familiares, criadores de gado de leite, estão recuperando suas pastagens degradadas e aumentando a produtividade em suas propriedades, com o uso do Calcário. O produto é adquirido por eles diretamente das usinas de moagem, mas é transportado para o município pelo Governo do Estado, através do Projeto Mais Calcário, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que utiliza recursos do Fundo Proleite, e tem orientação técnica da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO).

O projeto Mais Calcário em Ouro Preto, conta ainda com a parceria da prefeitura municipal que faz a distribuição do calcário da sede do município até as propriedades rurais, com  incentivo do projeto, os produtores aumentam a produtividade leiteira e a renda familiar. Mas talvez, nem seja esse o maior beneficio para as famílias rurais, porque embora pouco se fale, a renovação e recuperação das pastagens, algumas já muito degradas, é um enorme beneficio ambiental e econômico, que pode evitar o empobrecimento das famílias rurais e a concentração fundiária, que acontece com a fuga da população rural para as cidades, em busca de melhores condições de vida, por causa da perda de renda que vem com a degradação do solo e a consequente queda na produção e produtividade agrícola.

Municípios como Ouro preto do Oeste onde predomina a propriedade rural familiar, a conservação do solo é fundamental para a continuidade do modelo de exploração econômica, e a sucessão familiar, nas propriedades. Mas o resultado imediato do uso do calcário na correção da acidez do solo, é o aumento da produção por área, com reflexos diretos na renda familiar, observam os técnicos da Emater-RO.

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Os produtores adquirem o calcário e o governo subsidia o frete entre a usina e o município.

Nessa etapa do programa Mais calcário, Ouro Preto do Oeste recebeu 500 toneladas de Calcário adquirido por um grupo de 35 produtores de leite, assistidos pela Emater-RO. Mas para quem não sabe, o calcário corrige o PH do solo, diminuindo a acidez e neutralizando a ação toxica do alumínio, presente no solo, e que impede o desenvolvimento das raízes, que não conseguem penetrar no solo na profundidade necessária para absorver mais água e nutrientes, em camadas mais profundas do solo. Além de ser fonte de cálcio e magnésio, o calcário torna disponível para as plantas outros macros e micro nutrientes, como fósforo, potássio, ferro e nitrogênio  que são  absorvidos pelas raízes.

Texto: Enoque de Oliveira

Arquivo Emater-RO

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