Governo mantém compra de alimentos do PAA e auxilia no abastecimento da população
Para o secretário da Seagri, Evandro Padovani, a manutenção de algumas ações e programas são essenciais no atual cenário de calamidade que passa o estado de Rondônia em virtude da pandemia causada pelo Covid-19 – doença resultante da contaminação do coronavírus – e o PAA é um desse programas. Realizado em parceria entre as três esferas governamentais, União, estados e municípios, o PAA compra a produção diretamente do produtor rural familiar com repasse simultâneo às entidades que atendem às famílias em situação de risco alimentar.
Para este ano foi liberado um recurso inicial no valor de R$ 5 milhões para aquisição de produtos como: carnes (aves, gado e peixes), leite, ovos, mel, doces, pães e biscoitos, frutas e polpas, grãos e cereais, raízes e tubérculos, dos quais R$ 2.132.000 já foram executados. Cada produtor que tem a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP) terá limite de R$ 6.500,00 e, segundo o coordenador da Agricultura Familiar da Seagri, Victor Paiva, as produções ultrapassam 300 mil quilos de produtos provenientes de 1315 produtores familiares adquiridos pelo estado e distribuídas à 391 entidades cadastradas em parceria com as prefeituras por meio de suas respectivas secretarias de agricultura e de assistência social.
Em Porto Velho e distritos, de acordo com informações obtidas junto à Seagri e à Emater-RO, estão sendo beneficiados 78 produtores rurais familiares que já entregaram mais de 60 mil quilos de alimentos totalizando um valor de cerca de R$ 330 mil reais, dos R$ 800 mil disponibilizados pelo governo federal para o município. Esses alimentos foram imediatamente entregues à 70 entidades filantrópicas com atendimento às famílias de extrema necessidade.
Tanto para o secretário Padovani, da Seagri, como para o diretor-presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, o que mais importa, neste momento é a saúde da população e ela começa com uma boa alimentação. Victor Paiva ainda endossa que “uma pessoa bem nutrida, bem alimentada terá uma boa saúde.”, salientando que o governo está trabalhando para não deixar faltar alimentos em suas mesas.
CUIDADOS REDOBRADOS
Atendendo ao decreto de calamidade pública do Estado e, em cumprimento à notificação recomendatória n.º 02/2020/SEAGRI/CAFAMILIAR emitida em 24 de março deste ano pela Seagri, o recebimento e entrega dos produtos estão sendo feitos sob rigorosos cuidados com uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como: máscaras e luvas, conforme preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Também está sendo recomendado aos agricultores que mantenham maior segurança no alimento, ou seja, desde o manuseio, o transporte até a entrega final”, explica Arnaldo Brito, que compõe a equipe da Seagri no PAA.
Diana Menezes Vieira, supervisora regional da área social na Emater-RO, em Porto Velho, salienta que, devido o enfrentamento do Covid-19, também estão sendo tomadas as precauções, tanto para os produtores, como para os beneficiários e técnicos envolvidos. “Estamos fazendo escalas de produtores e de entidades, junto à Seagri e Emater, com dias e horários diferentes, no sentido de evitar as aglomerações e atender às pessoas que estão vivenciando esse momento crítico de necessidade de alimento e de trabalho.”.
“A maioria dos municípios vai continuar executando o PAA de forma segura e, em Porto Velho, como a demanda é maior, ficou decidido que o recebimento dos produtos será na entidade assistencial CRAS Cotinha, localizada na Zona Sul da capital, a qual atende cerca de três mil famílias e, nesse momento especial, fará a intermediação com as demais entidades cadastradas. As entregas estão sendo realizadas três vezes por semana (terças, quartas e quintas-feiras), evitando aglomerações”, finaliza Victor Paiva, lembrando que tudo está sendo feito com muita responsabilidade e dentro da legalidade e que a continuidade do PAA é essencial tanto para os agricultores, que necessitam da renda, quanto o público de baixa renda e em situação de vulnerabilidade alimentar que dependem desse benefício para sobreviverem.
Texto: Wania Ressutti
Jornalista – MTE-1744/RO
Fotos: Irene Mendes e arquivo Emater-RO
Repórter fotográfica – MTE-368/RO
EMATER-RO