O dia 6 de dezembro é o dia do extensionista, muito embora seja esta uma categoria profissional ainda pouco conhecida, e para chegar a essa conclusão não é muito difícil, basta perguntar dentro da Emater-RO sobre quem é o extensionista e o que ele faz. E se terá respostas bem diferentes, mas em minha opinião, ele não é apenas um técnico capaz de intervenções no setor produtivo, que pode gerar impacto econômico, mas, sim um agente capaz de promover mudanças sociais.

O extensionista é um agente capaz de promover mudanças sociais.
O extensionista é um agente capaz de promover mudanças sociais.

A extensão Rural é feita através de métodos e técnicas individuais, grupais e de massa, utilizando praticamente todos os veículos e plataformas de comunicação. No Brasil os primeiros registros históricos da extensão datam de 1859, quando se iniciou a criação dos institutos imperiais de ensino agrícola, primeira política pública de que se tem notícia no país para o desenvolvimento agropecuário.

Os institutos imperiais tinham objetivos semelhantes aos da extensão rural atual, facilitar a substituição de braços por máquinas e instrumentos apropriados para o desenvolvimento da lavoura e criações, demonstrar a utilidade prática dos insumos e técnicas de manejo dos cultivos e criações, para a melhoria da produção, produtividade e qualidade de vida no campo.

O ensino de princípios e noções indispensáveis para tornar o trabalho rural menos penoso, mais útil e vantajoso aos agricultores desde os primórdios, utiliza os meios de comunicação disponíveis, primeiro foram os impressos: folhetos, cartilhas e livros, depois vieram os eletrônicos como o rádio e a TV e ultimamente chegamos à era cibernética.

Na véspera do dia do extensionista tivemos a grata satisfação de ver uma de nossas colegas, a extensionista Lilian Barbosa da Silva do escritório local da Emater-RO em Ouro Preto do Oeste, recebendo das mãos do governador do Estado, o Prêmio Boas Ideias, instituto criado para incentivar a apresentação de idéias inovadoras que possam impactar positivamente o desenvolvimento do estado. A Boa Idéia da Lilian vem mais uma vez corroborar para o protagonismo do profissional extensionista, com a sugestão de um aplicativo para smartphone que deverá facilitar a comunicação técnico agricultor.

Nesse contexto da inovação e da mudança social e tecnológica é fundamental que o investimento no desenvolvimento comece por este herói anônimo, o extensionista, tanto na sua formação quanto nas condições de trabalho e remuneração, condição importante para Brasil de fato se consolidar como grande produtor de alimentos e matérias primas de origem agropecuária, com sustentabilidade e justiça social, sobretudo com a participação do agricultor familiar.

Texto: Enoque Gonçalves de Oliveira
Foto: Irene Mendes
EMATER-RO
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