Processamento da mandioca: alternativa para geração de renda familiar
Doces, salgados, em farelo, gelados ou quentinhos. Produtos que têm a mandioca como base no preparo sempre estão à mesa do produtor rural. Excelente fonte de energia, a mandioca é rica em vitaminas A, B1, B2 e C, mas nutricionistas alertam que “a abundância em energia pode trazer efeitos colaterais, pois são três vezes mais calóricas que a sua principal concorrente: a batata.
Também conhecida no Brasil como aipim, macaxeiras, maniva, pão-de-pobre, somente para citar alguns nomes, a mandioca tem o poder de prolongar a saciedade, o que faz dela uma das principais opções para quem quer perder peso. Diabéticos também depositam na mandioca a fonte de saciedade da fome, já que ela, diferente de outros carboidratos, não gera picos de glicemia, além de ser livre de glúten.
Mas deixando as dietas de lado, são diversos os alimentos que pode-se obter manipulando a massa da mandioca. Há cerca de sete mil anos de cultivo na região amazônica, a mandioca só se tornou mais nutritiva a bem pouco tempo, (de dez a quinze anos aproximadamente), mas seu consumo, na mesa dos brasileiros é farto e vai desde a raiz cozida na água salgada, até farinhas, doces, bolos e salgados.
Em Santa Luzia do Oeste, 15 mulheres rurais tiveram a oportunidade de aprender e processar diversas receitas. Capacitadas pelas extensionistas da Emater-RO, elas confeccionaram: bobó de frango, brigadeiro, sorvete, escondidinho, bolo, pudim, salgados e nhoque, todos feitos de mandioca.
Ministrado pelos extensionistas da Emater-RO Simone Assunção da Costa e Raphael Jacques Limper, o curso teve duração de 16 horas e foi oferecido na Linha P-18 Nova, na propriedade da senhora Silvia da Silva Cabral Queiroz que cedeu o espaço físico para preparação dos alimentos. “São cursos básicos, mas de grande importância para quem sobrevive da renda rural e possuem a matéria prima disponível em suas propriedades.” Explicou Raphael.
Além de aprender a melhor aproveitar o que produzem em suas lavouras o curso oferece às participantes, a oportunidade de buscar novas alternativas para geração de renda na família sem precisar sair do campo. “Estamos cumprindo o papel econômico e social de levar o que os moradores da zona rural precisam”, enfatiza Simone.
As participantes ficaram muito empolgadas com o que o curso lhes proporcionou e já solicitaram à Emater-RO a realização de outros cursos, entre eles, um sobre e agroecologia.