Cooperativa de Jacilândia assina compromisso para iniciar projeto de aproveitamento integral do babaçu
Foi a assinado um termo de cooperação entre instituições públicas do governo de Rondônia, entre elas Emater-RO e Seagri, e as organizações sociais privadas: Cooperativa Agropecuária e Extrativista dos Agricultores de Jacilândia (Cooperlandia ) e o Instituto Índia Amazônia, para dar inicio a um projeto de aproveitamento integral dos frutos do coco babaçu, Orbgnia phalerata, espécie de palma de ocorrência espontânea em Rondônia, este projeto tem apoio do Sebrae e da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
O coco babaçu é nativo em toda a Amazônia e alguns estados do Nordeste e Sudeste, a sua exploração se dá pelo extrativismo, e seu principal produto é a amêndoa, muito rica em óleo comestível e também utilizado na indústria de cosméticos. Outras partes do fruto também são utilizadas, do mesocarpo se faz uma farinha, tida como alimento funcional, capaz de auxiliar na cicatrização, cura da anemia, e atuar como anti-inflamatóio, o endocarpo é aproveitado na forma de carvão, que pode gerar calor até três vezes mais do que o carvão convencional de madeira.
Do ponto de vista econômico os produtos do babaçu estão muito vinculados ao comercio alternativo, de produtos socialmente justo e ambientalmente desejáveis, já que como produto do extrativismo não exige desmatamento ou qualquer manejo de solo para sua produção, e auxilia as famílias agricultoras na produção de alimentos de qualidade e a complementarem a renda, com a venda dos produtos.
A extração da amêndoa do babaçu ainda é muito difícil, por causa da dureza do fruto, mas para vencer essa dificuldade já existem vários estudos inclusive de pesquisadores da Unir, que estudam o ponto de secagem para a soltura das amêndoas do endocarpo, e a força mecânica necessária em uma máquina para a quebra do fruto.
O termo de cooperação prevê assistência técnica da Emater-RO aos cooperados para uma coleta segura e produtiva dos frutos do babaçu, e da parte da Seagri fica assegurado o apoio necessário à instalação, formalização da agroindústria de farinha e de processamento da amêndoa para extração do óleo a frio, condição que agrega maior valor econômico ao produto, diz o presidente da Cooperlândia José Filipe Tiago.
Texto: Enoque de Oliveira (DRT-913/RO)
Fotos : Robson Paiva (DRT-1339/RO) e
Irene Mendes (DRT-368/RO)
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