Fórum discute cuidados com a saúde da Mulher
Cerca de 500 mulheres estiveram reunidas, nesta última quarta-feira (28), no Rondon Palace Hotel, para discutir políticas de ação integral à mulher. O Fórum teve por foco principal sensibilizar a sociedade sobre a importância de detecção precoce de doenças como o câncer de mama e de colo de útero.
O evento foi realizado em parceria entre secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e Educação (Seduc), Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Emater-RO e Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas. Profissionais das áreas de medicina, enfermagem, psicologia e representantes dos principais programas de atenção à mulher participaram das mesas de discussão aprofundando os temas apresentados e debatendo com a sociedade questões que ainda geram dúvidas.
Uma das estatísticas mais impactantes apresentada pela Dra. Márcia Meira, médica ginecologista, é da existência de um grande número de meninas da faixa etária entre 13 e 17 anos que estão apresentando doenças ginecológicas e até câncer, por mero descuido e desinformação. “A culpa nem sempre é da mãe ou do responsável, mas da sociedade, da cultura, do meio em que a criança vive”, alerta a doutora.
A estatística sobre a incidência de câncer em Porto Velho, apresentada pela médica epidemiologista HBAP, Soraia Cruz, também tem preocupado as autoridades em saúde. O número tem se mantido na média de 254 casos/ano de câncer de mama a cada 100 mil habitantes e 170 casos/ano de câncer de colo de útero por 100 mil habitantes (ver quadro).
Segundo a assessora estratégica Irisvone Magalhães, a preocupação da Emater-RO está em fazer com que essas informações também cheguem ao campo, onde há maior dificuldade de acesso às políticas públicas. “O objetivo das Emater, principalmente das extensionistas sociais, é com a mulher rural e é muito importante que essas informações possam chegar até elas”, diz Irisvone.
A assistente social, Vânia Rodrigues Fraga, também da Emater-RO, alerta que existem muitos casos dentro da agricultura familiar e que o trabalho que vem sendo feito pelas extensão é muito importante, principalmente para a detecção precoce da doença. “Nós nos preocupamos em socializar as informações, a importância da prevenção e, no caso de detecção, orientar sobre os cuidados necessários e como buscar ajuda através das políticas públicas”, explica Vania.
Além do controle e prevenção das doenças o Fórum de Atenção Integral à saúde da Mulher também discutiu temas sobre planejamento reprodutivo e controle de natalidade; saúde mental na assistência à mulher; e impactos da violência doméstica e familiar, onde cuja contabilidade nacional aponta que, a cada 100 mil, 4,4 mulheres são assassinadas, colocando o Brasil vergonhosamente em 7.º lugar no ranking de assassinatos de mulheres no mundo. (fonte: Conselho Nacional do Ministério Público).
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